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Agosto é mês de Jorge Amado

agosto de 2022

Jorge Amado é um dos autores brasileiros mais populares no século XX, com alcance internacional sem precedentes em sua época. Na passagem pelos seus 110 anos (10 de agosto) e 21 anos de morte, o escritor continua a ser lido e estudado em todas as partes do mundo.

Com uma vasta obra literária -  45 livros publicados entre romances, poesias, contos, crônicas, peças de teatro e literatura infantil -,  a obra de Jorge Amado foi traduzida para 50 idiomas e estima-se que o montante de exemplares vendidos encontra-se na casa dos 30 milhões, segundo dados da pesquisadora Ilana Goldstein, em seu Best Seller de Jorge Amado.

Tudo começou, em 1931, com o lançamento do primeiro livro, O País do Carnaval. As palavras escritas por Jorge Amado, naquela obra, já demonstravam que o escritor baiano seria uma voz polêmica na literatura brasileira. Na sequencia, vieram todos os demais, com a publicação de grandes clássicos, como Capitães da Areia, Jubiabá e Gabriela, Cravo e Canela, Mar Morto, Pastores da Noite, Terras do Sem Fim, Tenda dos Milagres, Dona Flor e Seus Dois Maridos, com livros que se tornaram sucesso no cinema, teatro e na TV.

Fato curioso, segundo pesquisadores, é que a obra de Jorge Amado, adaptada para televisão, obteve um imenso sucesso de audiência. Depois da exibição de cada uma das novelas, as edições se sucederam. Graças à transposição das obras de Jorge Amado para a televisão, foi desmistificado o mito sustentado à época por alguns intelectuais de que a televisão estragaria o gosto pela leitura ou impederia a sua propagação.

Em Jorge Amado, Uma Biografia (Todavia), a jornalista e historiadora Joselia Aguiar redesenha a trajetória do escritor baiano. Segundo a autora, o autor é considerado  'o mais conhecido e lido fora do Brasil', atribuindo seu grande sucesso ao fato de ele ser um workaholic, obsessivo por escrever e contar (narrar) histórias. “Ele gostava de trabalhar”, descreve a biógrafa.

Jornalista e um dos maiores representantes da literatura brasileira modernista, com uma obra marcada pelo regionalismo e pela denúncia social, Jorge Amado foi o quinto ocupante da cadeira 23, na Academia Brasileira de Letras, em 1961. Além disso, recebeu vários prêmios, com destaque para o Prêmio Camões (1994) e o Prêmio Jabuti, o qual fora agraciado duas vezes (1959 e 1995).

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