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Infoxicação, fake news e as bibliotecas no combate à desinformação

julho de 2023
Foto: Shutterstock

Lidar com um grande volume de informações na internet, rádio, TV e aplicativos nos dispositivos móveis é, sem dúvida, um dos maiores desafios da era digital. A chamada infoxicação é um dos males da atualidade, um fenômeno acentuado em períodos em que ficamos muito tempo em frente às telas de celulares e notebooks. 

Criado pelo físico espanhol Alfons Cornella, em 1996, o termo infoxicação surgiu da junção das palavras informação e intoxicação, e é usado para definir o excesso de conteúdos que as pessoas recebem todos os dias - sejam eles no âmbito profissional ou pessoal - na impossibilidade de absorvê-los, causando falta de atenção, estresse, ansiedade e doenças mentais. Há alguns dados que merecem atenção quando se trata do tema:

- Aumento de 195% no volume de buscas feita no Google (2013-2022);

- 1041% horas a mais de conteúdo foram imputadas no YouTube (2013-2022);

- 1933% de aumento no compartilhamento de imagens no Instagram (2013-2022);

- Aumento de 347% do número de tweets compartilhados (2013-2022) – (Fonte: domo.com\Data Never Sleeps 2023)

O que os especialistas já sabem é que: 1) o fluxo gigantesco e ininterrupto de informação afeta nosso estado de ânimo e saúde mental, pois o ser humano não foi “equipado” para essa demanda; e 2) no entanto, descobriu-se que a qualidade dessas informações e como nos relacionamos com elas têm um impacto ainda mais prejudicial do que o volume em si. Mas como enfrentar o volume de informações e ainda se manter atualizado? 

Aliás, você sabe como identificar uma fake news


 (Imagem: rawpixel.com freepik).

Quem nunca passou uma notícia adiante sem antes checar a informação, que atire a primeira pedra. Diariamente, estamos expostos a conteúdos das mais diversas fontes, sejam nas redes sociais, ou nos meios de comunicação. Mas nem sempre somos capazes de reconhecer o que é uma informação manipulada ou não. Essa pode não ser uma tarefa simples, visto que algumas notícias falsas são tão bem elaboradas que fica difícil confirmar sua veracidade.

As fake news, publicadas e repassadas como se fossem verídicas, geralmente, têm o principal objetivo de criar e compartilhar em massa de informações para legitimar um determinado ponto de vista sobre qualquer que seja o assunto, utilizando apelos emocionais que vão ao encontro de crenças pessoais de quem as recebe. Por isso ganham tanta força como se fossem verdadeiras. Mas aqui vão algumas dicas de como identificá-las:

Não compartilhe informações sem checar sua veracidade. Ou seja, nem sempre aquela mensagem que você recebeu no grupo de amigos ou familiares pelo WhatsApp é verdadeira. Não passe adiante sem ter certeza que não é fake news. Além disso, escolha bem suas fontes de informação: para não cair em inverdades, consulte fontes de reputação e credibilidade. Entre em sites de verificação tais como Boatos.orgAos FatosLupaFato ou FakeChatbot Tira-dúvidas TSEComprovaE-farsasEstadão VerificaChecazap UOL Confere.

O papel das bibliotecas no combate à infoxicação e desinformação

As recentes discussões sobre notícias falsas têm reforçado o papel das bibliotecas na formação de pessoas aptas a lidarem com a informação de maneira crítica e responsável. As bibliotecas são sinônimo de educação, disponibilizando inúmeros recursos, livros, acesso à Internet, meios de impressão e programas de formação educacional e profissional que podem potencializar o desenvolvimento econômico, social e cultural.

Se você tem a sensação constante de desinformação mesmo quando se informa o dia inteiro, é necessário substituir quantidade por qualidade, o que significa consumir conteúdos que agreguem na sua vida pessoal e profissional. Assim, é possível direcionar a atenção ao pesquisar assuntos de seu interesse, sabendo onde consultar informação. Isso é uma forma de reduzir os níveis de estresse e de qualificar sua atualização.

Consulte nosso catãlogo para acessar diversas obras que abordam essa  temática, tais como Política é para Todos, de Gabriela Prioli, Valentes: Histórias de Pessoas Refugiadas no Brasil, de Aryane Cararo, Duda Porto de Souza, Rafaela Villela (Ilustrador), Direitos Fundamentais e SociedadeTecnológica, de Anderson Schreiber (Compilador), Guilherme Magalhães Martins (Compilador), Metodologia da Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas, Quantitativas e Mistas, de João Mattar, Daniela Karine Ramos,Uma Verdade Incômoda, de Sheera Frenkel e Cecilia Kang, Nada digo de ti, que em ti não veja, de Eliana Alves Cruz. 

Nos links abaixo, você também pode acompanhar as principais discussões atuais que envolvem as temáticas de educação mediática, liberdade de expressão e ameaças à integridade da informação. Confira: 

Instituto Palavra Aberta: instituição sem fins lucrativos, defende a plena liberdade de ideias, pensamentos e opiniões, fundada pela Associação Nacional de Jornais – ANJ, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão – ABERT, Associação Nacional de Editores de Revistas – ANER e Associação Brasileira de Agências de Propaganda – ABAP.

Unesco: A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, realizou sua Primeira Conferência Global para abordar as ameaças à integridade da informação e liberdade de expressão nas plataformas de redes sociais.

Participa mais Brasil: Consulta Pública sobre Educação Midiática -Texto de Referência  

Observatório do Terceiro Setor: programa Liberdade de Expressão (podcast) 

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Fonte: PUCRS Online, Canaltech, Exame.com. SocialGoodBrasil