Romances epistolares: cartas que viram Literatura
maio de 2021
Os e-mails e as redes sociais, hoje, substituem quase que totalmente a correspondência postal. Mas na Literatura, o formato epistolar (relativo à carta, epístola) é uma técnica literária muito utilizada pelos autores para contar uma boa história. Os escritores também lançam mão de diários, notícias de jornais e até mesmo e-mails para dar veracidade à narrativa, criando obras instigantes.
Uma obra-prima neste formato, Crônica da Casa Assassinada, do escritor Lúcio Cardoso, acaba de ganhar uma nova edição da Companhia das Letras. Publicado pela primeira vez em 1959, o livro é montado como um quebra-cabeças, uma colagem de fragmentos de cartas e bilhetes dos membros de um núcleo familiar, e seus agregados e visitantes contam a história da decadência de uma família de Minas Gerais.
O grande clássico relançado em 2021, que teve adaptação para o cinema em 1971, pelo diretor Paulo César Saraceni, já tem roteiro pronto para o novo filme.
O romance epistolar foi muito divulgado no século XVIII, mas pode ser encontrado também na literatura moderna e contemporânea (confira a lista aqui), alcançando públicos enormes, transformando-se em filmes, peças e tendo a obra editada em diversos países. Famosos como A cor púrpura, da Alice Walker; As ligações perigosas, de Choderlos de Laclos; O diário de Bridget Jones, de Helen Fielding; Caixa-preta, de Amós Oz; Drácula, de Bram Stoker; Carrie, a estranha, de Stephen King e Precisamos falar sobre o Kevin, de Lionel Shriver são livros construídos com técnica literária epistolar.
Se você se interessou sobre este gênero literário, lembre-se: você pode navegar pelo catálogo da Biblioteca, que oferece diversas opções de leitura, ou sugerir títulos para novas aquisições. Experimente!