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Veja como foi o "Bate-papo com Autor", com Mariana Salomão Carrara

julho de 2024
Foto: SP Leituras

Diálogos privilegiados entre mulheres ocupam a centralidade da obra da escritora Mariana Salamão Carrara. Seu romance mais recente, Não fossem as sílabas do sábado, vencedor da última edição do Prêmio São Paulo de Literatura, trata justamente disso: a amizade entre duas mulheres marcada a partir de uma situação traumática e o desafio que suas personagens protagonistas têm em lidar com a solidão, o trauma e o luto em diferentes períodos da vida, a juventude e a velhice.

“As relações estabelecidas entre mulheres e a quebra de vínculos de amizade geradas ou por um fato ou pelas próprias circunstâncias da vida se tornaram um tema fundamental pra mim”, explica a convidada do “Bate-papo com o autor” de junho, em conversa com o jornalista e crítico literário, Manuel da Costa Pinto. Aos 38 anos, a autora já publicou cinco romances e um livro de contos.

Mariana é paulistana, defensora pública, nascida em 1986. Publicou o livro de contos Delicada uma de nós, de 2015, e os romances Idílico, de 2007, Fadas e copos no canto da casa, de 2017, Se Deus me chamar não vou, de 2019, que ficou entre os 10 indicados ao Prêmio Jabuti de 2020 na categoria Romance Literário, É sempre a hora da nossa morte amém, de 2021, finalista do Prêmio São Paulo 2022 e novamente entre os 10 indicados ao Jabuti em 2022, e Não fossem as sílabas do sábado, de 2022.

Por contos e poemas, recebeu prêmios nacionais como off-flip (2012), Sesc-DF, Felippe D’Oliveira (2015 e 2016), Sinecol, Josué Guimarães e Ignácio de Loyola Brandão. Recebeu o segundo lugar no Prêmio Guiões (Portugal, 2019) pelo roteiro do longa-metragem é lá que eu quero morar.

Seu próximo romance, A árvore mais sozinha do mundo, está em fase de preparação e será publicado pela Todavia ainda neste ano. Em primeira mão, a autora conta que a obra que terá como cenário o estado do Rio Grande do Sul e as vivências de uma família de agricultores que trabalha com o cultivo de fumo e tabaco.

Os títulos dos livros chamam atenção e parecem ser uma marca registrada da autora. E para quem tem curiosidade em saber como Mariana chega até eles, as dicas estão nas páginas dos próprios livros...

Processo de escrita

A autora contou, também, como concilia o trabalho como defensora pública com o de escritora. Ela se dedica à produção literária nas férias e recessos judiciários. “Escrevo os livros de uma só vez, sem muito planejamento, pois o dia a dia de tarefas na Defensoria não me permite ter uma rotina diária de escrita”, revela a Mariana.

Sobre seu processo criativo, ela comentou ainda sobre a importância de se ler (e escrever) literatura de ficção: “É muito importante para a humanidade, pois amplia nossa capacidade de pensar no outro. Escrever é um exercício de empatia”, enfatizou. Nesse sentido, o Direito e a literatura são bem conectados”.

Saiba mais sobre as obras de Mariana Salomão Carrara e aproveite para assistir o encontro que está disponível na íntegra no Workplace!

Este evento integra a Programação Cultural da Biblioteca Sabesp e tem o objetivo de promover a literatura, o fazer literário e as práticas de leitura por meio de encontros e conversas descontraídas entre autores, críticos literários e agentes culturais.

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